sábado, 27 de maio de 2017

A Palestra do Romeu, das Bibliotecas e da Cultura


Vamos abrir uma excepção aqui no blogue, oferecendo-lhe um cunho mais pessoal, pelo facto de termos sido o convidado para falar no Centro de Documentação  de Instituições Religiosas e da Família, que se situa anexado à bonita capela de S. João da Ramalha, sobre "Romeu Correia, as Bibliotecas Populares e a Cultura em Almada", transcrevendo a notícia que publicámos no nosso blogue, "Casario do Ginjal".

«Ontem acabei por ter uma bela surpresa, no Centro de Documentação das Instituições Religiosas e da Família, por ver na assistência muitas pessoas que não conhecia, para além dos amigos, claro, que não nos deixam "desamparados" nestes momentos.
E nem vou falar de uma Amiga que veio de mais longe, e por ser de fora, andou perdida por Almada, encontrando a Capela da Ramalha, já próximo do fim. As surpresas, mesmo as boas, nem sempre correm da melhor maneira...
Apesar de ter cinco folhas com palavras, funcionaram mais como auxiliares, pois acabei por falar quase de improviso, prolongando até um pouco a palestra. Isso aconteceu pelo entusiasmo que fui sentindo, ao falar sobretudo do Romeu Correia (fiquei com a sensação de que falei mais dele e da sua obra que das Bibliotecas e da Cultura Almadense...), e também por descobrir interesse nos olhares da plateia...
Houve também algumas intervenções da plateia, que acabaram por enriquecer a sessão.
Um dos aspectos mais importantes que retive, foi ter conseguido despertar a curiosidade e o interesse pela obra teatral do Romeu, que penso ser a mais desconhecida da maior parte das pessoas.»

(Fotografia de Diamantino Lourenço)

domingo, 21 de maio de 2017

Romeu Correia no "Banco dos Réus"


Na tarde de ontem Orlando Laranjeiro reviveu com todos os amigos que apareceram na sede da SCALA, o espectáculo, "Almada Antes e Depois de Abril", realizado em 1983 e 1984, que continua a ser um marco ímpar na história do associativismo almadense, graças à participação activa das três principais colectividades almadenses (Incrível, SFUP e Academia) e de tantos homens e mulheres de Almada, que aceitaram o desafio do Orlando, que idealizou e encenou esta Festa do Movimento Associativo.

Neste espectáculo reviveram-se alguns dos números de teatro e revista mais marcantes que visitaram os palcos das "Três Irmãs" ao longo do século XX, homenagearam-se autarcas de Abril, resistentes antifascistas almadenses, associativistas e também as figuras mais emblemáticas da cidade, como foi, o caso do Romeu Correia, que se sentou no "Banco dos Réus" e foi inquirido por um juiz e por dois advogados (de defesa e de acusação), sobre os momentos mais marcantes da sua vida.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

"O Rapaz Marinho"


O Museu da Cidade organiza durante esta semana uma História com Oficina com "O Rapaz Marinho", adaptada do romance autobiográfico de Romeu Correia, "O Tritão", que conta o encontro entre o velho marujo sabichão dos sete mares e um rapaz muito especial que vivia nas águas do Tejo.

É uma iniciativa vocacionada para as crianças das escolas do pré-escolar e do 1º ciclo e tem marcação prévia (16, 17 e 19 de Maio). 

sábado, 13 de maio de 2017

A Bela "Roberta"


Acabámos de ler , "Roberta".

As primeiras impressões foram as de que estávamos a ler um grande espectáculo teatral, mais uma vez com a feira, com os fantoches e com a nossa própria história... Muito fascínio com as palavras do Romeu.

A meio, sentimos que há alguma perca de ritmo (normal nos romances e nas peças...).

Mas encontramos tantas pontas soltas, que qualquer amante de teatro de um grupo amador ou profissional poderia pegar.
Apeteceu-nos mesmo convidar alguns encenadores a lerem este livro e a sentirem o bom material que tinham ali para levar aos palcos, os bonecos da capa, o Marquês de Pombal e o Santo António, mas também a gente de carne e osso, que dá vida a este e a outros bonecos.

Uma bela surpresa, sem dúvida (devemos confessar que o teatro é a escrita que menos conhecemos do Romeu - antes da "Roberta", apenas tínhamos lido: "O Vagabundo das Mãos de Oiro", "Cravo Espanhol" e  "O Andarilho das Sete Partidas").

terça-feira, 9 de maio de 2017

Um Feliz "Cravo Espanhol"


Tinha prometido falar do "Cravo Espanhol", apresentado no passado sábado no Auditório Lopes Graça do Fórum Romeu Correia, pelo grupo de teatro "Teatro da Terra". 

E vou começar pelo fim: sai muito satisfeito da sala de Almada, que foi de teatro, mas de teatro do bom, daquele que consegue comunicar com o público e passar-lhe as emoções.

Há muitas coisas que contribuíram para isso. A primeira é o excelente texto de Romeu Correia, que como se viu, está longe de ter parado no tempo. Oferece-nos o retrato de um divertimento que fez história em Almada, pelo carnaval: as célebres e inesquecíveis cégadas. A segunda a boa encenação de Maria João Luís, que agarrou no essencial do dramaturgo almadense. E a terceira, é a presença dos actores em palco, que viveram a espaços, aquilo que se pode chamar, de "uma grande cégada", para satisfação do público que esgotou a sala.

Pois é, afinal parece que as peças do Romeu, estão longe de estarem "desactualizadas", não se perderam no tempo (prometemos continuar a falar do teatro do Romeu este mês...)...

sábado, 6 de maio de 2017

O Cravo Espanhol e a Academia


Temos andado mesmo distraídos...
Só hoje é que soubemos que o "Teatro da Terra", de Ponte de Sor, vai apresentar no Auditório Lopes Graça "O Cravo Espanhol, do Romeu Correia, daqui a menos de uma hora...
Felizmente ainda conseguimos bilhetes.
Depois contamos como foi...

Sei que hoje à tarde a Academia Almadense também organizou um espectáculo de homenagem ao Romeu, mas não sabemos mais pormenores. Se soubermos, depois contamos...

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Um Ponto de Situação...


Este blogue nasceu com o objectivo de dar "uma segunda vida" a Romeu Correia, demasiado esquecido nos últimos anos, enquanto escritor e personagem pública do concelho de Almada. 
Fomos percebendo ao longo dos anos que não basta dar o nome do Romeu a coisas físicas (e nisso o Romeu foi um privilegiado, teve o nome de uma rua e de uma escola ainda em vida e assistiu a colocação da primeira pedra do Fórum Romeu Correia...), importante era que as suas peças de vez em quanto fossem representadas, numa Cidade que gosta de se afirmar como "Capital do Teatro", e que, também de vez em quanto, se reeditassem as suas obras mais emblemáticas.

Havia muitas expectativas em relação às comemorações (houve mesmo quem se antecipasse e começasse a organizar coisas em 2016...). Algumas saíram goradas, outras nem por isso. Nós também tínhamos uma ideia inicial, que fomos alterando com o tempo. Pensávamos que o Município deveria ter nomeado um comissário que depois escolheria a sua comissão do centenário. Mas rapidamente percebemos que isso iria ser muito complicado de gerir, por 2017 ser o ano em que iriam aparecer "Amigos do Romeu" em todas as esquinas (com muitos deles a apenas trocarem um ou outro bom dia ou boa tarde na rua e sem nunca ter lido nada do escritor almadense...).
E por isso entendemos e respeitamos a filosofia seguida. Depois da grande exposição (que pode ser vista até ao fim do ano no Museu da Cidade), da peça de teatro ("Bonecos de Luz"), esperamos pelo menos que a reedição de uma obra emblemática e a publicação de um dos seus inéditos (a peça "Tempos Difíceis" era boa ideia...), também esteja nos planos do Município.


Sabemos que se têm realizado algumas pequenas homenagens, organizadas por colectividades almadenses, aqui e ali. Não temos dado qualquer eco por não recebermos informação atempadamente e também por verificarmos que algumas sessões são demasiado informais, e outras apenas viradas para os seus associados (é o que vai acontecer na Academia Almadense no próximo sábado...).

Pela nossa parte, iremos continuar a divulgar tudo aquilo que possa contribuir para enaltecer a vida e obra do Romeu, pelos menos até ao final do ano, sem nunca substituirmos os nossos "ténis" habituais" por "sapatos de tacão alto"...

(Fotografias de Luís Eme - a duas fotografias que fazem parte da exposição, "Um Homem Chamado Romeu" (gosto mesmo deste título e também destas duas imagens...) e que devem pertencer à família.